O JN dá destaque às contratações do
Sporting desde que Godinho Lopes assumiu a presidência. Desde então os
leões contrataram 21 jogadores e todos eles foram...estrangeiros.
Entretanto o antigo vice-presidente para a área de marketing e
comunicação, Carlos Barbosa, dirigiu novo ataque aos atuais órgãos
sociais do Sporting, mas Paulo Pereira Cristóvão, também ele antigo
vice-presidente do clube, fez questão de tecer algumas considerações sobre a passagem de Carlos Barbosa por Alvalade.
Leia o comunicado na íntegra:
«Em entrevista a um diário desportivo, um ex-vice-presidente do
Sporting Clube de Portugal, Carlos Barbosa, tece uma série de
considerações sobre a sua passagem pelo clube que, neste momento, me
merecem as seguintes considerações:
1) é do mais
elementar sportinguismo que qualquer sportinguista saiba a data de
fundação do seu clube. No que aos órgãos sociais diz respeito, essa
regra assume carácter de obrigatoriedade e é o mínimo que se pode
esperar de qualquer dirigente do clube.
2) é completamente falsa a descrição que aquele ex-dirigente faz do
acto e justificações para o mesmo, relativamente à sua assinatura do
contrato entre a SPM e a empresa Businlog. Não adiantarei mais sobre
este assunto porque, apesar dos equívocos em que lavram, respeito a
investigação e as instituições judiciárias.
3) a dado passo refere que a Tribuna Presidencial do Estadio José
Alvalade era frequentada por "penduras". Mais afirmou que seria por esse
motivo que raramente ali se deslocaria em dia de jogo.
Ora acontece que, certamente por esquecimento, a partir de determinado
momento, o mesmo ex-dirigente passou a "presidir" à Tribuna Centenário
na Bancada Nascente, para a qual invariavelmente convidava amigos e
manequins fornecidas por agência de moda, sendo estes os novos
"penduras" a frequentar Alvalade e trazidos pela sua mão. Não obstante
os inúmeros reparos à prática referida, a mesma era sempre por si
justificada com interesses comerciais. Ainda hoje, certamente por nosso
desconhecimento do mettier comercial, não se constataram as vantagens de
tal prática.
4) refere que, na sua opinião o vogal do CD, Rui Paulo Figueiredo,
por ser deputado, não deveria integrar aquele órgão. Não é a profissão
que define quem deve, ou não, integrar o CD mas sim a capacidade, o
sportinguismo e a lealdade ao clube e aos seus pares, de cada um dos
eleitos. Sobre este tema e temas paralelos, emiti varias vezes a minha
opinião nos locais próprios que são o Conselho Directivo, o Conselho
Leonino, as Assembleias Gerais ou directamente ao Presidente. Nunca na
rua e muito menos em entrevistas a órgãos de comunicação social. As
questões internas do Sporting são tratadas internamente e nunca na praça
pública. Quem assim não procede é porque se julga mais importante que o
Clube.
5) é falso que, consigo, os resultados comerciais tenham crescido. O
que cresceu de facto foi a massa salarial da sua responsabilidade, que,
num período de seis meses, e por sua determinação, aumentou meio milhão
de euros, sem que tenham sido atingidos objectivos reflectores de tal
acréscimo. O Director-Geral Comercial por si escolhido saiu em menos de
um ano e tal não foi seguramente por ter excedido o número de vendas de
gamebox ou camarotes disponíveis no Estádio. Os verdadeiros responsáveis
pelo aumento das vendas de GB e afluência ao Estádio foram os
treinadores e jogadores contratados pela Administração da SAD.
6) sobre o Futebol Profissional vem Carlos Barbosa tecer laudos ao
treinador Ricardo Sa Pinto e somente a este. Há poucos dias atrás, em
entrevista a uma rádio, elogiava a capacidade profissional de Luís Duque
e Carlos Freitas, para além do treinador. Também e por esquecimento
certamente olvidou o facto de, dois meses após as eleições nas quais foi
eleito, ter sido um acérrimo defensor da saída daquele administrador.
7) refere também na mesma entrevista, que integrou uma lista na qual
não acreditava que o líder tivesse perfil para comandar o projecto; que
entrou num clube atrasado; que não concordava com a presença de certos
colegas; que o Sporting tem que seguir exemplos do clube rival porque
esses trabalharão melhor. Se entendesse o que é o Sporting, saberia que a
massa adepta não gosta de "virgens arrependidas". Prefere sempre homens
e mulheres que assumem as suas funções de forma humilde e que façam o
melhor que podem e sabem pelo Clube.
8) na minha experiência enquanto 15 meses como vice-presidente do
Sporting apreendi e confirmei o quanto esmagadoramente grande e
importante é o nosso Clube para milhões de pessoas. Qualquer um dos que o
serviram ou servem deverão ter sempre presente que estão de passagem
numa instituição que lhes dá o privilégio de a servir e que será sempre
bem maior que qualquer ego, ambição pessoal ou "acertos de contas".
9) o Sporting é a soma de uma imensidão de valores, de sentires e de
vivências. O Sporting é o futebol, o andebol, os núcleos, as claques, as
associações e tudo o mais que aqueles que o sentem quiserem. É de nós
todos e será, definitiva e imensuravelmente maior que uns, que aqui e
ali, sem nada dele conhecerem o caracterizam, o rotulam e o tentam
diminuir. Quem ataca os órgãos sociais do Sporting, ataca o Clube e quem
ataca e denigre o Clube, fá-lo exactamente, e na mesma medida, à sua
massa adepta.
O tempo e os sportinguistas darão a devida resposta ao sócio Carlos Barbosa.»
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